segunda-feira, 1 de agosto de 2011






          Casa Arrumada

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)

Casa arrumada  é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa
entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um
cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os
móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras
e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições
fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.
Boa Noite!

                                                                 TUTORA GESTAR II AMIRLENI
                                                                                           NOVA ALVORADA DO SUL MS.

Memorial cursita Gestar II \professora Maria das Graças de Sá Cavalcante de Nova Alvorada do Sul MS.

                                             QUEM SOU...

Sou nordestina com muita honra. Nasci num sítio no município de São José do Belmonte-PE. A mais velha de três irmãos. A minha primeira escola era em minha casa, com uma professora particular que o meu pai pagava para nós três, por não haver uma escola por perto. Depois é que conseguiu criar uma escola pelo município que continuou sendo em casa.
Meu pai tinha somente o 2º ano primário, mas naquela época valia por mais e era inspetor escolar municipal (que depois ficou sendo supervisor). Ele fiscalizava as escolas e professores da zona rural pra ver se estavam dando aula certinho e fazia perguntas, tanto ao professor como aos alunos.
  Aprendia ler bem rápido, tanto eu como meus irmãos. Era no tempo da carta de ABC, tivemos que aprender a ler todas as letras, depois todas as sílabas e em seguida formar palavras. Era na base da palmatória, se não aprendesse, levava “bolo” de palmatória.
 Na época não tinha livros assim como tem hoje. Era um livrinho só de Português com umas perguntas sobre o texto. Nele não havia gramática, isso eu fui vendo depois.
        Estudei até a 4ª série primária nessa escola e fui pra cidade. Antes de entrar no ginásio tinha um livro grosso que era o chamado de livro de admissão, mas quem passasse numa prova que tinha as matérias desse livro, não precisava passar por ele, eu fiz e passei. Fui pra 1ª série e até a 4ª série ginasial que depois ficou sendo chamada de 8ª e hoje é 9º ano.
    Lembro-me que estudava em livros de segunda mão, comprados ou doados de outros alunos que foram para outra série. A gente usava os livros com muito cuidado para que ele continuasse limpo, sem rasuras para que outra pessoa quisesse.
    Quando criança, não tinha muito acesso a livros, isso veio a acontecer já na minha adolescência, como já morava na cidade e na escola tinha uma biblioteca com um acervo bem razoável. Nosso “socorro” era a enciclopédia BARSA, lá encontrávamos tudo que queríamos.
    A professora de Português, às vezes, lia uns livros na sala, mas eu não gostava, achava aquilo muito cansativo, enjoativo. Eu pensava que ela estava enrolando a aula.
      Sempre gostei de ler. Devorava os romances de “Sabrina”, de “Bárbara Cartland”, a revista em quadrinhos, chamada “Sétimo Céu” e “Capricho” que eram as melhores da época. Os clássicos da literatura, Poliana Menina e Poliana Moça e muitos outros. Estava sempre lendo alguma coisa e comentava com minha professora de Português que me elogiava diante dos colegas e eu ficava muito orgulhosa disso.  Daí comece ia  gostar de Português, porque quem ler bastante adquire essa facilidade de escrever corretamente. Mas tenho um trauma do livro “Os Lusíadas” de Luís de Camões, que a professora mandou ler e interpretar, que coisa mais chata e difícil de se entender.
      Por falta de opção de outros cursos em minha cidade (tinha Contabilidade, Científico = igual ao colegial e Magistério), fiz o magistério e já comecei a dar aulas nesses mesmos cursos.        Concluí o Magistério em 1975 e somente em 1985 é que pude fazer vestibular. Além de meu pai não ter condições de pagar, eu não tinha emprego. Mas como eu não parei de ler, estudava pra planejar minhas aulas e passei em 4º lugar no curso de Letras. Fiquei surpresa, porque a minha prova de Inglês eu não sabia nada, foi no “papai do céu mandou dizer...” mesmo.
Fiz aquele financiamento pela caixa, que não me lembro do nome, hoje é FIES e concluí minha faculdade que era em outra cidade e ainda ganhava o transporte numa “bolsa” que a prefeitura dava para alguns funcionários. Não era de ônibus, era em uma caminhote C10, velha a diesel, com capota de plástico, (que saía muita fumaça pelo cano de escape), com uns bancos de madeira, pregados na carroceria, onde transportava duas pessoas na cabine (fazia rodízio) e mais doze, quinze em cima. Alguns tinham que se sentar com as pernas penduradas pra fora porque dentro não cabia. Só no último ano que foi de buzão.
       Houve uma época que só dava aulas para o Magistério e as classes eram só meninas,  fazíamos muitas festas e íamos excursão no final do ano para Fortaleza, Natal, Maceió, Recife, João Pessoa , Salvador, etc. Era muito legal e divertido. Guardo boas lembranças desse tempo. Hoje com a evolução da internet, nos encontramos no Orkut e no Facebook,batemos longos papos e é muito gratificante quando muitas dizem se lembrar de mim, de como eu era em sala de aula, de nossas brincadeiras, de minhas piadas. Fico feliz em saber que não me esqueceram assim tão rápido.
   Em fevereiro de 1991, revi um rapaz, que já conhecia porque é meu primo, estava desquitado e foi passear em minha cidade, começamos a namorar, em abril eu vim conhecer o lugar onde ele morava e seus filhos, em junho, ficamos noivos, em setembro, ele foi à minha cidade, nos casamos e viemos embora. Em 1993, nasceu meu filho, hoje com dezessete anos. Sou muito feliz com meu filho, com os meus filhos e netos de coração, enfim, com minha família.
   Comecei a dar aulas aqui na zona rural em fevereiro de 1991 e em 1997 vim para a escola onde estou até hoje.
    Em 1995, fiz um projeto de construção de poemas em sala de aula e já estamos na nossa sexta edição. Os alunos adquiriram o gosto pela poesia e quando a gente começa, chega tanto poema que tenho que falar que já encerrei,  do contrário, não param de chegar os poemas. Pois os pais ficam felizes quando recebem o livro e veem o poema de seu filho lá, publicado, é um orgulho para eles.
     Em 2009, após o aparecimento do acordo ortográfico, eu, com meus alunos de 8º ano, fizemos dois gibis, um a com a acentuação gráfica e outro com o uso do hífen. Baixamos na internet, um gibi da Turma da Mônica adolescente com uma história, usamos um programa que apaga, com os mesmos personagens criamos uma outra história com a reforma ortográfica. Ficou muito legal, as pessoas gostaram, até as escola pediram cópias e nós enviamos pra todas elas.
    Em 2010, aproveitando os temas vivenciados em sala de aula, nas aulas de Educação religiosa (que também dou aulas), criamos umas histórias envolvendo Bullying, Pedofilia, Imprudência no Trânsito, Gravidez na Adolescência, Os perigos da Internete com outro programa, também da internet, montamos um gibi colorido com essas histórias que também foi um sucesso.  Esses trabalhos são expostos em nossa feira cultural que é aberta ao público, com data fixa, que já se tornou tradição em nossa escola, no dia 14 de novembro.
      Em 2010, participei da Olimpíada de Língua Portuguesa. O texto de memórias de uma aluna do 8º ano foi selecionado, fomos pra Belo Horizonte onde ficamos como finalistas e depois para a final em Brasília. Não fomos vencedoras, mas representamos a nossa cidade e o nosso Estado a nível nacional. Foi um orgulho pra todos nova-alvoradenses.
     É muito bom trabalhra na minha escola. Nós temos apoio e incentivo da diretora e coordenadoras e isso nos estimula a estar sempre fazendo alguma coisa diferente.
   Hoje está tudo diferente, há facilidade em tudo. Livros com interpretação de texto com mais objetividade, com mais clareza. Todos leem de tudo, pra todo mundo, há uma infinidade de gêneros literários.  Só que apesar de tanta facilidade, o aluno é muito preguiçoso pra ler e por isso tem dificuldade. Há alunos que têm vergonha de ler porque não sabem e não é falta de prática, é de interesse mesmo pela leitura.
Gosto do que faço e não me vejo fazendo outra coisa. Este ano eu encerro minha carreira, mas sei que vou sentir muita falta desse contato com meus alunos e com as pessoas com as quais convivo, mas já estou precisando descansar e viver mais um pouco perto de meu marido, de minha família, pois não sei quanto tempo me resta ainda e tenho que aproveitá-lo ao lado das pessoas que amo e que sei que me amam também.
                 Professora: Maria das Graças de Sá Cavalcante
                                       Nova Alvorada do Sul-MS




Memorial

Jaqueline Araújo Andrade

Quando me lembro da minha infância, as primeiras pessoas que me vêem a cabeça são meus pais. Pessoas muito simples, mas de um coração e de um caráter sem tamanho. Não tiveram a oportunidade que eu e meus irmãos tivemos. Ambos estudaram até a antiga 4ª série. Trabalham na lavoura até hoje, e embora com pouco estudo, sempre incentivaram nossos estudos.
Iniciei meus estudos no ano de 1991, na EEPSG João Ramalho (Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau de João Ramalho), hoje somente EE João Ramalho, e foi nessa mesma escola, no ano de 2002 que conclui o ensino médio. Meu primeiro contato com a escola não foi dos melhores. Estudei meio ano no antigo pré, pois como nessa época era filha única, ia para escola com um tio que morava conosco, nesse ano ele adoeceu e perdeu meio ano de escola, e eu como não ficava sozinha, também deixei de freqüentar a escola nesse período. Embora não tenha concluído o prézinho, não senti dificuldades na minha alfabetização, visto que eu gostava muito de estudar (pelo menos nos primeiros anos!). Até hoje quando fecho os olhos sinto o cheiro da minha sala, o piso era de assoalho, as mesas eram redondas onde sentávamos em grupos para executar as tarefas propostas pela Professora Cláudia Valejo, que foi minha professora no pré. O que mais senti falta naquela época foi de não poder fazer a formatura no prézinho, todos os meus amigos tinham a foto, menos eu, e aquilo me deixava triste.
Eu sempre achei que não gostava de estudar, mas hoje vejo que gostava e gostava muito. Não era uma aluna nota dez, mas chegava quase lá, o que me atrapalhava era a língua, como eu falava, adorava a conversa em sala de aula e essa era a única reclamação que meus pais ouviam de mim. Gostava muito de escrever, amava fazer uma redação e quando a professora pedia, eu era a primeira a entregar e sempre muito bem feita. Gostava de ler revistas, jornais e livros também,mas tinha que ser um livro muito interessante e eu tinha que olhar e gostar, não tinha dessa se a professora pedisse pra ler tal livro, eu lia sim, se gostasse, caso contrário não lia mesmo. Lembro-me muito pouco dos livros que li, mas gostava muito de ler aqueles livros da coleção vaga-lume, como A Ilha Perdida, O Mistério da Cidade-Fantasma,O Mistério dos Morros Dourados, O Outro Lado da Ilha, desses me lembro bem, quando os li,já estava na 4ª série, e como gostava daqueles livros.
Lembro-me também de um pequeno conto que uma professora nos contou em sala, e esse conto me marcou muito, talvez pelo fato da miséria,não sei, estou falando da Pequena Vendedora de Fósforos, nossa, essa foi fantástica, não me esqueci mesmo. Outro livro que li e também não me esqueço é O Rei Caracolinho e a Rainha Perna Fina, esse talvez tenha sido o mais chato, mas a capa do livro era fantástica, muito colorida, bem atrativa na idade que eu tinha. Até hoje gosto das obras de Sidney Sheldon, os mistérios daqueles livros mexiam muito comigo, li o “Estrangulador, o Ditador, O Fantasma da Meia Noite” entre outros que não me lembro neste momento.
Depois no Ensino Médio tive outras experiências com leitura, mas essas não considero tão satisfatórias, pois foram “forçadas”. Acredito na leitura como vontade própria, eu gostar de ler e ponto. Ler um livro porque eu me interessei, não porque alguém me pediu para ler determinado livro.
Na adolescência, após ter concluído o Ensino Médio, comecei a trabalhar em um jornal local, fazia de tudo, era tipo Severino Quebra Galho, quando saí já estava até escrevendo para o jornal. Lá como tinha muito tempo sobrando, conheci os romances de Sabrina, esses eu amava ler. Trocava com uma amiga que também lia esses tipos de livro. Foi nesse jornal que passei a ter contato com a internet, até então um meio de comunicação um pouco distante de mim. Com a internet, passei a conhecer sites de poemas, poesias, e não tinha um único dia que não lia um poeminha que fosse.
Morava em uma fazenda com meus pais, e sentia a dificuldade de continuar meus estudos morando lá. Foi então que recebi o convite de trabalhar neste jornal e então tive que me mudar para a cidade. Morando em Rancharia,no ano de 2003,passei a freqüentar no ano de 2004 um cursinho pré-vestibular chamado “Dom Bosco”, o cursinho era gratuito e assistia a parte carente da cidade, só pagávamos a apostila e todos os professores eram voluntários. Ainda em 2004 prestei o ENEM e fiz minha inscrição para a primeira etapa seletiva do PROUNI, na qual fui selecionada, ingressando no ano de 2005 na Faculdade da Alta Paulista, cursando Letras,com habilitação em Língua Portuguesa e Inglesa.
Passei a trabalhar como estagiária na Prefeitura Municipal de Rancharia, no departamento de Imprensa e logo após fui cedida ao Departamento de Compras e Licitação, na qual era responsável pelas Atas, elaboração de Cartas Convites, Pregões e etc.
Na faculdade tínhamos uma cobrança diária por parte dos professores, com relação à leitura, mas para ser bem sincera, nem sempre essa cobrança era cumprida. Eram muitos livros por semana e não dava conta de acumular trabalho, faculdade, leitura. Então eu lia o que considerava bom,mas também li muita coisa que não gostei. Eram três tipos de literatura (brasileira portuguesa e inglesa) e muitos livros para cada uma delas. Nessa fase da faculdade aprendi a gostar de literatura, principalmente da inglesa, com aqueles contos que prendem nossa atenção.
Vejo que hoje nossas crianças não estão tão interessadas na leitura como era antigamente, hoje eles se perdem na internet, esquecendo do mundo e se esquecendo também que na internet temos fontes importantíssimas de leitura. Temos livros disponíveis na rede, o que facilita muito, pois na minha adolescência só tive a biblioteca da escola, então lia o que tinha lá, como não tinha acesso a internet e nem dinheiro para comprar livros, visto que sempre foi muito caro.
Sempre digo aos meus alunos que antes de abrirem a página do Orkut, Twiter, Facebook, MSN, abram a página do UOL, da Folha On-Line, procurem livros de interesse pessoal deles. Uma pessoa bem informada não é passada para trás e para se ter informação, para saber falar bem, em qualquer situação, é necessário a leitura.

Memorial das Cursistas do Gestar II de Nova Alvorada do Sul MS

                         MEMORIAL SOBRE MINHA VIDA...

 

 Minha história de vida começa segundo minha mãe e alguns documentos que provam minha existência que nasci em 1979, 11 de Agosto numa noite de ventos fortes. Sou a penúltima de 11 irmãos. Morávamos em um sítio no interior do Paraguai, tínhamos uma grande casa de madeira com um enorme quintal cheio de frutas e flores vermelhas (preferidas de minha mãe). Quase todos os meus irmãos foram  registrados neste país e chegaram a frequentar uma antiga e velha escola, porém de muitas histórias tristes e assustadoras.
Meus irmãos mais velhos estudavam junto com alguns (também imigrantes) alemães que os desprezavam por serem negros e pobres. Apelidavam os imigrantes brasileiros de macacos , a professora paraguaia nada fazia, parecia não ligar para crianças brasileiras. Eu ficava apavorada quando minha mãe falava que estava chegando a minha hora de entrar para a escola... Meu pai dizia que era coisa de criança e não tomava nenhuma atitude. Foi aí que meus irmãos um dia se rebelaram e foram “expulsos” da disciplinada escola paraguaia.
 Em 1985 viemos para o Brasil, moramos em um acampamento de sem-terra por três anos, assim que conseguimos um sítio doado pelo governo brasileiro meu pai se desfez de seus bens no Paraguai e investiu o pouco que conseguiu  nesse lugar. Entrei para a escola com sete anos, no começo fiquei com muito medo, mas felizmente nós estávamos no Brasil. Recebi uma cartilha colorida que mesmo sem saber ler direito eu já conseguia contar e recontar todas as histórias da cartilha.
        Minha professora Benedita era delicada, tinha gestos suaves e voz mansa, ela segurava minha mão e deslizava as primeiras as palavras e traços no meu pequeno caderno e foi nesse ambiente que aprendi as primeiras sílabas acompanhadas sempre de desenhos maravilhosos que não saem de minha memória. Assim, cursei todo o primário numa escolinha rural que mais parecia uma grande diversão pra mim.
         Já no Ensino fundamental: nova escola, novos desafios. Estranhei algumas mudanças, porém, foi nesse período que descobri coisas maravilhosas e que realmente eu seria professora. Tudo por causa de uma grande mestra que ensinava de uma forma diferente, criativa e apaixonante. Ela, todos os dias estava com um sorriso no rosto e muitas histórias para contar nas aulas de leitura, também nos incentivava a ler grandes clássicos da literatura. Essa professora fazia questão de respeitar as dificuldades e diferenças de cada aluno, pois mesmo sendo adolescente, eu já conseguia perceber a diferença do “bom professor” e o “professor bonzinho” que durante toda minha vida escolar foi um norteador para um bom aprendizado.
          Hoje, procuro formas diferentes para trabalhar os conteúdos que ministro e sempre tenho a sensação de realização no meu trabalho, pois, acredito que ser professor é ter o dom maravilhoso de fazer a diferença, de fazer o bem nesse mundo tão globalizado, mas sem amor. Como dizia Paulo Freire “Não dá pra falar de Educação sem amor e paixão”.
                                                 Vera Alice Mendes Fernandes