sexta-feira, 5 de agosto de 2011

"Memorial cursista do Gestar II professora Miriam Rocha Soler de Nova Alvorada deo Sul Ms

MINHAS LEMBRANÇAS

      Meu primeiro contato com o mundo escolar sedeu quando entrei na primeira série, já que não fiz o chamado “pré”, pois naquela época a rede pública não disponibilizava a pré-escola e meus pais não tinham condições de pagar.
Mesmo já entrando direto na primeira série, não foi difícil minha alfabetização porque minha mãe me ensinava muitas coisas em casa, brincando de escrever na areia.
Certa vez, minha mãe estava me ajudando a fazer a tarefa que a professora havia mandado para casa e eu como era um tanto preguiçosa, não observava a junção das famílias silábicas, que é como fui alfabetizada, e minha mãe me perguntava e eu dizia que não sabia, sendo que ela havia acabado de falar. Aquilo a irritou de tal maneira, que neste dia ela colocou a cinta sobre a mesa e disse: “Hoje, você irá aprender a ler e escrever”, ecomeçou a me fazer perguntas sobre a junção das sílabas, eu fiquei tão assustada, que no mesmo momento comecei a ler tudo corretamente. Daí pra frente, tudo foi mais fácil, e o medo? Pensando bem, acho que esse foi o método mais rápido de ensino que já conheci.
Depois desse episódio não dei mais trabalho algum e muito antes do final do ano, já havia já havia acabado a minha cartilha “Caminho Suave”, cartilha essa, muito recriminada hoje em dia pelos especialistas em educação, já que ela não se preocupava em ensinar a compreensão do que se lia, mas somente o código alfabético.
Na minha infância não tive muito acesso a livros, mas minha mãe gostava de me contar histórias inventadas por ela mesma e eu adorava ouvi-las. Recordo-me que os poucos livros que li, quando era criança, foram alguns que comprei a pedido da professora, para fazer trabalho escolar. Bem diferente de hoje, que as crianças podem ler vários tipos de livros, pois há um grande acervo nas escolas, porém ainda percebo uma grande dificuldade do aluno em adquirir o gosto pela leitura, e fico triste quando ouço muitos alunos dizendo: “não gosto de ler”, mesmo com os professores incentivando, tentando desenvolver este hábito, que é de grande importância para seu desenvolvimento e aprendizagem e talvez não consigamos, porque o mundo fora da escola, é na maioria das vezes, mais interessante, como navegar pela internet, jogar vídeo game e tantas outras coisas, que a leitura fica em segundo plano. Isso, porque ainda não compreendem que através da leitura podemos conhecer outros mundos e melhorar a nossa compreensão e consequentemente, o nosso desenvolvimento escolar.
Sou professora nas redes Estadual e Municipal  .

Sou: MIRIAM ROCHA SOLER

Memorial cursitas Gestar II Professora Eloisa Peterson Viana Nova Alvorada do Sul MS.

         MINHAS MEMÓRIAS DE LEITORA

           Morei minha infância inteira na zona rural, onde tive o privilégio de ter uma família harmoniosa, onde se preservava: educação, princípios, religião, enfim uma vida simples, más cheia de sonhos.  Meu pai trabalhava no campo e a mamãe era professora, muito dinâmica, dedicada, cresci nesse meio de leituras, contos, fábulas, criatividade era o que não faltava; principalmente pelo meio em que vivíamos que era rico de possibilidades para se criar histórias fantásticas e até mesmo meios místicas.   Em minha adolescência as pessoas mais velhas gostavam de contar histórias de fantasmas, bruxas, e muitas outras sempre com muito mistério. E tinha as histórias reais de suas vidas, como a vinda da família de minha avó paterna de Portugal que segundo ela demorou em torno de seis meses e ai era aquela epopéia que fazia com que sonhássemos com todo o trajeto da viagem. Essas histórias me encantavam e tenho certeza que influenciaram positivamente na minha história de leitora. Fui alfabetizada aos 4 anos por minha mãe que na época era professora. Quando entrei na escola com 7 anos (na época não era permitido entrar com menos idade) estudei em salas multisseriadas do 1º ao 5º ano. Na época os livros que eu tinha contato era Barquinho Amarelo, Alegria do Saber, Caminho Suave, Meu Pé de Laranja Lima.  Já na Pré-adolescência passei a ler os romances Júlia, Sabrina e revistas de fotonovelas que na época era uma febre, pois a leitura era tão rica em detalhes que conseguíamos viver o contexto lido. Tenho certeza que minha paixão pela leitura tem tudo a ver com as histórias ouvidas e vividas em meus tempos de criança.  Hoje quando começo a narrar uma história em sala, tenho uma bagagem cheias de lembranças maravilhosas de uma infância onde a ingenuidade prevalecia se misturando com os sonhos, levando meu aluno a vivenciar cada trecho lido, se encaixando na emoção e percebendo a informação incutida dentro do enredo.

                                                                                       Eloisa Peterson Viana.