sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Memorial cursitas Gestar II Professora Eloisa Peterson Viana Nova Alvorada do Sul MS.

         MINHAS MEMÓRIAS DE LEITORA

           Morei minha infância inteira na zona rural, onde tive o privilégio de ter uma família harmoniosa, onde se preservava: educação, princípios, religião, enfim uma vida simples, más cheia de sonhos.  Meu pai trabalhava no campo e a mamãe era professora, muito dinâmica, dedicada, cresci nesse meio de leituras, contos, fábulas, criatividade era o que não faltava; principalmente pelo meio em que vivíamos que era rico de possibilidades para se criar histórias fantásticas e até mesmo meios místicas.   Em minha adolescência as pessoas mais velhas gostavam de contar histórias de fantasmas, bruxas, e muitas outras sempre com muito mistério. E tinha as histórias reais de suas vidas, como a vinda da família de minha avó paterna de Portugal que segundo ela demorou em torno de seis meses e ai era aquela epopéia que fazia com que sonhássemos com todo o trajeto da viagem. Essas histórias me encantavam e tenho certeza que influenciaram positivamente na minha história de leitora. Fui alfabetizada aos 4 anos por minha mãe que na época era professora. Quando entrei na escola com 7 anos (na época não era permitido entrar com menos idade) estudei em salas multisseriadas do 1º ao 5º ano. Na época os livros que eu tinha contato era Barquinho Amarelo, Alegria do Saber, Caminho Suave, Meu Pé de Laranja Lima.  Já na Pré-adolescência passei a ler os romances Júlia, Sabrina e revistas de fotonovelas que na época era uma febre, pois a leitura era tão rica em detalhes que conseguíamos viver o contexto lido. Tenho certeza que minha paixão pela leitura tem tudo a ver com as histórias ouvidas e vividas em meus tempos de criança.  Hoje quando começo a narrar uma história em sala, tenho uma bagagem cheias de lembranças maravilhosas de uma infância onde a ingenuidade prevalecia se misturando com os sonhos, levando meu aluno a vivenciar cada trecho lido, se encaixando na emoção e percebendo a informação incutida dentro do enredo.

                                                                                       Eloisa Peterson Viana.

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