quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Gestar II Língua Portuguesa 15º Encontro na Escola Municipal Leonor de Souza Araújo Pólo.

15º Encontro : ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM e PRODUÇÃO TEXTUAL: PLANEJAMENTO E ESCRITA

 Nosso encontro teve início com um mensagem

 de boas vindas aos cursistas: " Recomeçar" para refletirmos um pouco sobre nossas práticas.
Passamos à apresentação da atividade da Oficina 15, TP 6, que era a produção de um texto publicitário a partir de uma Negativa. Todos fizeram a atividade com muita criatividade e esmero.
Vimos que:
Nossas reflexões sobre a linguagem se apoiam na concepção de que usamos as línguas não apenas para retratar o mundo ou dizer algo sobre as coisas, mas para atuar, agir sobre o mundo e as coisas; para através da linguagem, argumentar e convencer.
Quando temos consciência de que nosso objetivo maior ao duzir um texto é fazer o leitor/ouvinte crer em algumas de nossas ideias, classificamos esse texto como Argumentativo.
Dependendo da situação de comunicação, das finalidades do ato da linguagem, as maneiras de organizar a tese e os argumentos podem variar.
Uma argumentação é considerada inadequada ou defeituosa quando não dá condições para que os objetivos sejam atingidos. Há várias razões para isso acontecer: podem ser razões ligadas à incompreensão, ou não aceitação, do interlocutor; podem ser razões ligadas ao desenvolvimento do texto, ou mesmo razões relacionadas à não correspondência entre os argumentos e o “mundo real”.
Uma boa argumentação depende, primeiramente, da clareza do objetivo e depois, da solidariedade entre os argumentos: todos devem conduzir para o mesmo objetivo.
Como argumentar é firmar uma posição diante de um problema, um compromisso com a informação e o conhecimento, não é possível construir uma boa argumentação com argumentos fracos, falsos ou incoerentes.
PRODUÇÃO TEXTUAL: O PLANEJAMENTO DA ESCRITA
No planejamento de textos argumentativos, deve-se considerar os itens que relacionam o tema, objetivo e a linha de argumentação. O planejamento varia, não somente de acordo com estilos pessoais, mas de acordo com a área de conhecimento do tema, do texto e o suporte.
Um bom texto pode ser produzido a partir de atividade de pré-escrita e trabalho em grupo, por exemplo. E uma boa aula de escrita, é baseada na prática e no diálogo reflexivo.
A escrita se desenvolve a partir de um processo de avanços e retrocessos, mas à medida que praticamos fica mais fácil vermos os avanços. O desafio é de se aprender um pouco mais da técnica e imprimir nossa voz na construção de texto coeso e coerente de acordo com as condições de produção.
Durante a escrita e a sua releitura e reescrita as perguntas que podemos fazer são algumas das sugeridas por Calkins (2002, p. 33):
         “O que eu disse até agora? O que eu estou tentando dizer?
         Será que eu gosto do escrevi? O que é tão bom aqui, que possa entender? O que não é bom que eu possa arrumar?
         Como meu texto soa? Como parece?
         O que meus leitores pensarão quando ler isto? Que indagações poderão fazer? O que observarão? Sentirão? Pensarão?
         E o que farei a seguir?”
Essas são perguntas que podem ocorrer na produção de um texto. Algumas até na produção de um bilhete, pois dizem respeito ao ato comunicativo. À formulação de significados que farão sentido para mim, como escritor, e para o outro, como leitor.
Também comentamos algumas atividades e alguns Avançando na Prática que são bem interessante para o trabalho em sala de aula como o da página 23.
atividade da página 47, atividade de planejamento da escrita da página 91 e muitas outras.
Passamos a partilha dos Avançando na Prática.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Realização Formação Continuada:Lìngua Portuguesa Gestar II Escola Leonor Souza Araújo Atividades da TP 5 e TP 6 :

Nesta focalizamos a construção da coerência textual e os aspectos lingüísticos e sócio-comunicativos responsáveis pela continuidade de sentido de um texto; pela tessitura das informações no texto.

Usamos, como objetos de análise, textos verbais e visuais e focalizamos, nas diversas seções, aspectos diversificados de construção textual. Relacionamos os mesmos e verificamos como, solidariamente, contribuem para boa formação do texto, ou seja, para a articulação das informações de todas as partes do texto de modo a formar um todo significativo.

Discutimos textos publicitários, charges, cartuns. Analisando em detalhes como a coerência é construída a partir da articulação entre informações do texto e experiências prévias que o leitor tem a respeito do assunto.

Observamos os efeitos de sentido do texto como um todo e, depois, analisamos cada parte e como elas se articulam na unidade textual.

A coesão e a coerência foi trabalhada com o baralho de figuras e com as imagens que selecionei e vistas nos slides.

Cada cursista foi desafiada a dar continuidade ao texto da colega, pensando sempre, na continuidade semântica – que fosse coerente e coeso. O texto foi escrito no quadro.

               OS DIFERENTES ESTILOS
Paulo Mendes Campos

Parodiando Raymond Quenau, que toma um livro inteiro para descrever de todos os modos possíveis um episódio corriqueiro, acontecido em um ônibus de Paris, narra-se aqui, em diversas modalidades de estilo, um fato comum da vida carioca, a saber: o corpo de um homem de quarenta anos presumíveis é encontrado de madrugada pelo vigia de uma construção, à margem da Lagoa Rodrigo de Freitas, não existindo sinais de morte violenta.

Estilo interjetivo: Um cadáver! Encontrão em plena madrugada! Em pleno bairro de Ipanema! Um homem desconhecido! Coitado! Menos de quarenta anos! Um que morreu quando a cidade acordava! Que pena!

Estilo colorido: Na hora cor-de-rosa da aurora, à margem da cinzenta Lagoa Rodrigo de Freitas, um vigia de cor preta encontrou o cadáver de um homem branco, cabelos louros, olhos azuis, trajando calça amarela, casaco pardo, sapato marrom, gravata branca com bolinhas azuis. Para este, o destino foi negro.

Estilo antimunicipalista: Quando mais um dia e sofrimento e desmandos nasceu para esta cidade tão mal governada, nas margens imundas esburacadas e fétidas da Lagoa Rodrigo de Freitas, e em cujos arredores, falta água há vários meses, sem falar nas freqüentes mortandades de peixes já famosas, o vigia de uma construção (já permitiram, por debaixo do pano, a ignominiosa elevação de gabarito em Ipanema) encontrou o cadáver de um desgraçado morador desta cidade sem policiamento. Como não podia deixar de ser, o corpo ficou ali entregue às moscas que pululam naquele perigoso foco de epidemias. Até quando?

Estilo reacionário: Os moradores da Lagoa Rodrigo de Freitas tiveram na manhã de hoje o profundo desagrado de deparar com o cadáver de um vagabundo que foi logo escolher para morrer (de bêbado) um dos bairros mais elegantes desta cidade, como se já não bastasse para enfear aquele local uma sórdida favela que nos envergonha aos olhos dos americanos que nos visitam ou que nos dão a honra de residir no Rio.

Estilo então: Então o vigia de uma construção em Ipanema não tendo sono, saiu então para passeio de madrugada. Encontrou então o cadáver de um homem. Resolveu então procurar um guarda. Então o guarda veio e tomou então as providências necessárias. Aí então eu resolvi te contar isto.

Estilo áulico: À sobremesa, alguém falou ao Presidente, que na manhã de hoje o cadáver de um homem havia sido encontrado na Lagoa Rodrigo de Freitas. O Presidente exigiu, imediatamente, que um de seus auxiliares telegrafasse em seu nome à família enlutada. Como lhe informassem que a vítima ainda não fora identificada. S. Exa., com o seu estimulante humor, alegrou os presentes com uma das suas apreciadas blagues.

Estilo schmidtiano: Coisa horrível é o encontro com um cadáver desconhecido à margem de um lago triste à luz fria da aurora! Trajava-se com alguma humildade, mas seus olhos eram azuis, olhos para a festa alegre colorida deste mundo. Era trágico vê-lo morto. Mas ele estava ali, ingressara para sempre no reino inviolável e escuro da morte, este Rio um pouco profundo caluniado de morte.

Estilo complexo de Édipo: Onde andará a mãezinha do homem encontrado morto na Lagoa Rodrigo de Freitas? Ela que o amamentou, ela que o embalou em seus braços carinhosos?

Estilo preciosista: No crepúsculo matutino de hoje, quando fulgia solitária e longínqua a Estrela d’Alva, o atalaia de uma construção civil, que perambulava insone pela orla sinuosa e murmurante de uma lagoa serena, deparou com a atra e lúrida visão de um ignoto e gélido ser humano, já eternamente sem o hausto que vivifica.

Estilo Nélson Rodrigues: Usava gravata de bolinhas azuis e morreu!

Estilo sem jeito: Eu queria ter o dom da palavra, o gênio de um Rui ou o estro de um Castro Alves, para descrever o que se passou na manhã de hoje. Mas não sei escrever, porque nem todas as pessoas que têm sentimento são capazes de expressar esse sentimento. Mas eu gostaria de deixar, ainda que sem brilho literário, tudo aquilo que senti. Não sei se cabe aqui a palavra sensibilidade. Talvez não caiba. Talvez seja uma tragédia. Não sei escreve, mas o leitor poderá perfeitamente imaginar o que foi isso. Triste, muito triste, ah, se eu soubesse escrever!

Estilo feminino: Imagine você, Tutsi, que ontem eu fui ao Sach’s legalíssimo, e dormi tarde, com o Tony. Pois logo hoje minha filha que eu estava exausta e tinha hora marcada no cabeleireiro, e estava também querendo dar uma passada na costureira, acho mesmo que vou fazer aquele plissadinho, como o da Teresa, o Roberto resolveu me telefonar quando eu estava no melhor do sono. Mas o que era mesmo que ia te contar? Ah, menina. Quando eu olhei da janela, vi uma coisa horrível, um homem morto lá na beira da Lagoa. Estou tão nervosa! Logo eu que tenho horror de gente morta.

Estilo lúdico ou infantil: Na madrugada de hoje por cima o corpo de um homem por baixo foi encontrado por cima pelo vigia de uma construção por baixo. A vítima por baixo não trazia identificação por cima. Tinha aparentemente por cima a idade de quarenta anos por baixo.

Estilo concretista: Dead dead man man mexe mexe Mensch Mench MENSCHEIT.

Estilo didático: Podemos encarar a morte do desconhecido, encontrado morto à margem da Lagoa em três aspectos: a) policial; b) humano; c) teológico. Policial: o homem em sociedade; o humano: homem em si mesmo; teológico: o homem em Deus. Polícia e homem: fenômeno; alma de Deus: epifenômeno. Muito simples, como os senhores veem.


NOTA: 1 – A palavra estilo procede do latim stilu – ponteiro de ferro com o qual os antigos escreviam sobre tábuas enceradas. Por extensão,, seu sentido ampliou-se, adquirindo a significação geral do modo ou maneira particular de alguém utilizar-se da língua.
a cada despertar
sentir
pensar
ser você no outro
e
o outro
em você
perceber
que as coisas acontecem
transmutam-se
e
no decorrer da existência
visualizando
para trás
ou
para frente
que a vida acontece
a cada nascer do sol

                                                                                                                             Tutora : Amirleni da Cunha
                                                                                                                            Nova Alvorada do Sul MS.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Mato Grosso do Sul tem três escolas entre as 100 melhores do país



Mato Grosso do Sul está representado por três escolas no top 100 do ranking nacional de participação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2010). As notas foram divulgadas hoje (12) pelo Ministério da Educação e conta apenas com uma escola pública entre as 10 melhores do Estado, o Colégio Militar de Campo Grande, que obteve 700,99 pontos.
O Colégio Bionatus, também em Campo Grande, ficou em 16º no ranking nacional na categoria participantes, com média de 718,25 e 99,4% de participação dos alunos. Logo em seguida, em 18º na média nacional de participação, ficou o Colégio Alexander Fleming com 717,77 pontos.
A nota mais baixa foi da Escola Estadual Octacílio Faustino da Silva, em Corumbá, que obteve 500,77 pontos, com índice de participação de 75,4%.
No Estado, entre as 10 piores notas no Enem, 8 ficaram com escolas da rede pública e 2 por escolas particulares.
                                                                                                                                            (Informações: Correio do Estado)


Memorial da cursista do Gestar II Professora Ana Juçara da Escola Municipal Rosalvo ( Pana ) .

Nascida em uma pequena cidade do interior do Paraná, filhade pais analfabetos e humildes, mas preservavam uma boa educação.Quando criança não tinha contanto nenhum com livros ou escola. Apenas aos 6 anos é que foi freqüentar a pré-escola. Devido às dificuldades financeiras no ano seguinte veio embora para o Mato Grosso do Sul, onde não se esquece da professora Elizabete (Betinha). Que lhe ensinou a ler e escrever as primeiras palavras na qual foi pegando gosto pela escola. A maneira como ela ensinava era tão linda e com tanta simplicidade quefoi se apaixonando pela profissão de professora.Como em sua casa seus pais eram analfabetos,ela não tinha acesso a livros, nem tão pouco ouvia historias, só mesmo na escola.
Emsua infância mesmo tento que trabalhar para ajudar nasfinanças da casa, brincava de escolinha onde, ela era a professora, este momento era mágico para ela, sentia-se realizada e até mesmo esquecia as dificuldades que tinha que passar para estudar naquela época.A partir desse momento concretizou-se a vontade e o gosto de ser um educador.Já na adolescência foi adquirindo gosto pela leitura atrás de romances e livros de bolso contendo históriasde faroeste (que pegava de meu irmão escondido).
Somente conseguiu terminar seus estudos e concretizar seu sonho quando encontrou seu esposo, que a apoiou para que a mesma se sentisse totalmente realizada em sua vida. Além de seus estudos ela possui duas filhas que seguem os conselhos dos pais, estudam, uma está cursando enfermagem e outra terminando o ensino médio, ambas na cidade de Dourados. Todas amam ler e se atualizar.
Diferente de antigamente hoje as escolas e bibliotecas disponibilizam vários gêneros literários, sendo assim o aluno pode ler romances, poesias, poemas, reportagens, fatos históricos, atualidades, telenovelas, etc. Os alunos que já possuem o hábito da leitura desfrutam em qualquer lugar: no ônibus, praça, em casa, carregam livros, revistas, e agora descobriram um novo mundo, estão baixando livros da internet em seus aparelhos celulares. Não importa as formas de leitura o importante é não deixar esse hábito esquecido. Atualmente os jovens vem sendo leitores críticos e atuantes, dessa forma os escritores têm que se aprofundar ainda mais, para atender os gostos dos mesmos, sendo livros de ficção, romances e fantasias, pois em nos dias de hoje podemos entrar na internet e encontrar resumos de obras literárias, trabalhos prontos, em que os alunos não precisam nem ler e nem pesquisar, muitas vezes não ficam nem sabendo qual o assunto que se tratava o trabalho pedido pela professora. Então como aumentar o gosto, e/ou estimular o hábito pela leitura em casa, em sala de aula para textos importantes que tenham a ver com o contexto pedido no momento.

                                                             Professora Ana Juçara.




domingo, 4 de setembro de 2011

                                                        Provinha Brasil de matemática será usada para  
                                      orientar   desempenho  de professores :
O Ministério da Educação (MEC) entregou o conjunto da Provinha Brasil de matemática a 107.159 escolas públicas de 5.491 municípios do País.
Com o teste, inédito, já em aplicação pelas escolas, será possível fazer o diagnóstico do aprendizado em matemática para melhor orientar a prática dos professores.
O conjunto da provinha é composto por caderno do aluno, guias de aplicação e correção e orientações para a reflexão sobre a prática de ensino.
O teste abrangerá mais de três milhões de estudantes de escolas públicas matriculados no segundo ano do ensino fundamental.
A matriz de referência da provinha de matemática foi organizada de forma a avaliar a competência dos alunos para desenvolver ideias, conceitos e estruturas relacionados ao significado dos números e suas representações; resolver problemas de adição ou subtração; resolver problemas de multiplicação e divisão; reconhecer figuras geométricas; identificar, comparar, relacionar e ordenar grandezas; ler e interpretar dados em gráficos, tabelas e textos.
A partir do próximo ano, a distribuição e a aplicação da provinha de matemática seguirão o mesmo calendário da provinha de português, com edições no início e no final do ano letivo.
A mudança visa a permitir o melhor acompanhamento da evolução do desempenho das crianças.
Segundo a secretária de educação básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, é necessário aprofundar as ações em relação à disciplina, especialmente na formação dos professores.
“A criança tem de terminar o terceiro ano do ensino fundamental sabendo os fundamentos básicos da matemática”, afirma.
O Ministério da Educação desenvolve políticas públicas de formação dos professores, como o Programa de Formação de Profissionais das Séries Iniciais do Ensino Fundamental (Pró-Letramento).
Produção de jogos de alfabetização e matemática e de livros didáticos para o ciclo de alfabetização, criação de programas de leitura e avaliação do ensino para aprimorar a qualidade da educação das crianças são outras iniciativas do MEC.(Ministério da Educação)