sexta-feira, 24 de junho de 2011

                                                 VOA!!! PAVÃO, VOA!!!!


PAVÃO MISTERIOSO!!!!

O cordel tem dado mostras
De sua versatilidade
Navega na internet
Com a maior tranqüilidade
Escreve em verso o jornal
Cultura imaterial
É tema da atualidade.

Chegando à modernidade,
O cordel virou “global”
Vem de muitos idos tempos,
Na TV é cabedal.
Está presente na tela:
Acompanhe a novela.
Lá tem papel virtual.

Ouvimos muito falar
De um pavão encantado
De um pássaro formoso,
Em um reino afastado
Repleto de peripécia
 “Que levantou vôo da Grécia”
De amor acalantado

Foi num antigo reinado
Nos tempos da oralidade
Onde havia uma princesa
Menina de pouca idade
O seu pai muito grosseiro
Trancou-a em cativeiro
Num reino de falsidade

Essa história tem versões
De poeta afamado
José Camelo de Melo
É o mais reivindicado
Pela autoria dos versos
Por motivos adversos
Foi por outro aclamado.

Esse outro poeta foi
O Melquíades Ferreira
Que vendeu muito folheto.
João Camelo, na carreira
Desgostoso e bem zangado
Rasgou os versos guardados,
Que não venderam na feira

Tá chegando o Carnaval:
A temática é cordel.
O Salgueiro homenageia
Nosso vate menestrel
O poeta bem atento,
Acompanha o seguimento
Observando o plantel

Agora vem o Salgueiro
Com o Pavão Misterioso
Trazendo no seu desfile
Também Boi Misterioso
Tem zabumba, tem pandeiro
E tem velho mandingueiro:
Carnaval ambicioso

Pavão Misterioso chega
Na avenida, vem voando
Soltando as suas plumas
A arquibancada gritando:
Voa, voa meu Pavão
Hoje é dia do povão
O Pavão está abafando
(Rosário Pinto)

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